quinta-feira, 18 de junho de 2009

A polêmica sobre a decisão do STF só está começando...

Muito válida a postagem da Lara sobre a decisão do STF, e eu gostaria de continuar a falar sobre o assunto.
Um dos argumentos para a não obrigatoriedade do diploma para exercer função jornalística é: isso "poda" a liberdade de expressão, o que é contra a Constituição Federal.
Pois então: não exigir o diploma para exercer a profissão de jornalista não é sinal de plena "liberdade de expressão".
Isso porque as novas tecnologias permitem que se fale o que se quer falar, independente de se ter um diploma de jornalista, médico, advogado, administrador, ou seja lá o que for.
E este blog trata de um tema recorrente no meio jornalístico (principalmente), que é o Jornalismo Cidadão.
Como já foi dito aqui inúmeras vezes, o jornalismo cidadão pressupõe que qualquer cidadão passe uma informação, uma notícia, dê sua opinião sobre qualquer coisa que seja e isso com o auxílio (principalmente) das novas tecnologias, que possibilitam e democratizam o acesso à informação e à ampliação das oportunidades de se "ter voz".
Quando se diz "jornalismo cidadão", não se quer dizer que a pessoa seja realmente um "jornalista", é apenas uma terminologia para que se identifique que o cidadão também pode passar, trocar e debater informações e notícias. Isso não quer dizer que a pessoa seja um jornalista, pois jornalista jornalista jornalista mesmo é quem se forma em jornalismo. Não é mesmo? Assim como advogado é quem se forma em Direito, médico é quem se forma em Medicina, pedagogo é quem se forma em Pedagogia, psicólogo é quem se forma em Psicologia.
Por que não com o jornalista? Qual o motivo dessa discussão?
Então, porque os blogs, flogs, portais, enfim, o advento das novas tecnologias, se para um grupo de pessoas (que teve sua maioria representada na votação de 8 contra 1 no STF ontem), se estas pessoas não consideram que as novas tecnologias são as grandes viabilizadoras da liberdade de expressão, visto que o acesso a elas é fácil e comum na atualidade?
E quem faz seu curso superior? Pode realmente ser comparado a uma pessoa habilidosa, que tenha técnica, mas que não teve o estudo e o aprimoramento (e aprofundamento) dessa técnica?
Qual o sentido, então, do curso superior em jornalismo?
Nós, estudantes de jornalismo, deixamos aqui nossa indignação quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal, pois queremos reconhecimento em fazer um curso superior em jornalismo e sermos considerados profissionais formados, preparados e dignos de sermos chamados JORNALISTAS.

2 comentários:

  1. Gostei muito dessa postagem, achei alguns argumentos bem interessantes. agora a grande questão é saber que mudanças reais essa votação do STF vai nos afetar enqto estudantes e qndo formos profissionais.

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  2. Concordo plenamente quando a Larissa disse sobre o argumento entorno da liberdade de expressão.A difusão das novas tecnologias da todo aparato para a liberdade de expressão e a profissão de jornalista é muito mais do que publicar informações, o jornalista tem grande papel social e isso deveria ser levado em conta para se tomar esse tipo de decisão.
    Fiquei pensando agora que já que não será mais exigido o diploma e qualquer pessoa poderá exercer a profissão de jornalista,o jornalismo agora passará a ser Jornalismo Cidadão?

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